de ornamentos, aos processos de sepultamento, a determinados objetos, etc. E ainda: consagrou parte do tempo à observação do modo de vida da população urbana brasileira, (15) Nota do Leitor ao estudo do comportamento das vespas, dos macacos, etc.
Reunindo em si as melhores qualidades do observador científico, sério e estudioso, G. G. Manizer era ainda uma pessoa amplamente instruída, bom músico e bom pintor.
De seus trabalhos etnográficos acham-se publicados atualmente os seguintes:
1. "Os botocudos (Borunas), segundo observação feita durante minha estada entre eles em 1915", in Anuário da Sociedade Russa de Antropologia da Universidade de Petrogrado, Petrogrado, 1916.
2. "A Música e os instrumentos musicais de algumas tribos do Brasil". Coletânea do Museu de Antropologia e Etnografia, tomo V, 1918.
3. "Sobre a Viagem pela América do Sul entre 1914-1915", in Priroda (Natureza), Petrogrado, 1017.
4. Artigos no jornal Birjievie Viédomosti, (Registros da Bolsa).
5. "Os Caingangues de São Paulo". Proccedings of the twenty-third International Congress of Americanists, Nova York, 1930.
Estes trabalhos, notadamente os artigos sobre os botocudos, atraíram grandemente a atenção dos americanistas. O ensaio sobre os botocudos foi traduzido para o francês e publicado no Brasil em 1919 nos Arquivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, vol. XXII. Conforme já ressaltamos, este artigo representa até hoje a melhor descrição dos botocudos nessa época. O artigo sobre música e instrumentos musicais, em sua tradução para o português, foi publicado em 1931, na Revista Brasileira de Música, vol. 1, Rio de Janeiro. Simultaneamente com a publicação, em prazo relativamente curto (desde o momento de seu regresso da América do Sul até o dia de sua morte), dos trabalhos acima mencionados, G. G. Manizer preparou para a publicação diversos materiais por ele próprio recolhidos. Dentre esses permaneceu inédito apenas o manuscrito sobre a expedição do acadêmico G. I. Langsdorff. O autor trabalhou na preparação desse manuscrito, ao mesmo