dos peixes, etc.; também seria de grande utilidade construir moinhos, drenar os lugares pantanosos, etc.".
A 7 de setembro de 1804, o "Nadiejda" de novo se fez ao mar, rumo ao Japão, conduzindo o embaixador Riezanov. No oceano aconteceu que os navegantes tiveram de suportar várias borrascas e fortes tufões. A 8 de outubro o navio chegou a Nagasáqui, conforme escreveu Langsdorff. Somente a 17 de dezembro foi permitido ao embaixador e a seus acompanhantes, entre os quais se achava Langsdorff, descerem de bordo e instalarem-se numa casinhola especial, isolada, Megassaki. Ali, debaixo de chave e sob vigilância contínua, impedidos de ter contato com a população, eles permaneceram até o mês de abril. "Fomos privados até — diz Langsdorff — de toda possibilidade de trabalhar pela ciência. Alguns peixes, que nos foram trazidos como provisão para a cozinha, forneceram-nos material para pesquisas científicas. Mediante promessas, conseguimos que o entregador das provisões nos trouxesse todo dia novas espécies de peixe, que constituíam assim, para o dr. Tilesius e para mim, um entretenimento instrutivo e agradável". Todos os contatos com os japoneses foram rigorosamente proibidos, não sendo permitido comprar, nem oferecer ou receber como presente absolutamente nada. Não obstante, Langsdorff trouxe uma série completa de desenhos japoneses de autoria de artistas locais, e de peças anatômicas. Esta coleção, à qual, entretanto, Langsdorff não se refere em parte alguma, se encontra entre seus materiais no arquivo do Museu Zoológico. Nada conseguindo e inclusive não podendo ver de perto a cidade de Nagasaqui, a embaixada regressou a Kamtchatka a 16 de abril de 1805. A rota escolhida por Kruzenxtern, desta vez, cruzava o Mar do Japão, desde Tsuchima até à extremidade setentrional de Ieso. Explorou-se a parte meridional da ilha Sacalina (que, na opinião de Langsdorff, deve ser chamada pelo nome localmente adotado de ilha Tchoka), conseguindo-se aí conhecer mais de perto os japoneses e observar os ainos. Os gelos do mar de Okotsk obrigaram o navio a desviar-se para o oriente, para as ilhas Curilas, e partir rumo a Petropávlovsk, a fim de desembarcar a embaixada, para quem as pesquisas pelo litoral da Sacalina não possuíam interesse. Conforme explica em seu livro, Langsdorff se utilizou ali