era preciso fazer novo regulamento, em substituição do de 30 do dezembro de 1892. Cesario Mota, era Secretário do Interior... Já disse que oficialmente nada seríamos, como nada fomos depois. Com outros sábios governos preponderantes, se não governassem então homens de tão grande coração, entusiastas e devotados ao interesse geral, como Bernardino de Campos e Cesario Mota. Este procurou jurisperitos e funcionários competentes (estávamos em plena revolta de 1893) para fazer o regulamento. Achou, mas por 5:000$000 de réis. Cesario Mota não quiz pagar essa quantia e falou-nos no caso... Nós prontamente nos oferecemos para fazer de graça o novo regulamento. Metemos logo mão à obra, na modesta habitação do Gabriel Prestes...
Em dezembro de 1889 Gabriel Prestes e Carlos Escobar apoiavam-se numa tentativa de agremiar o professorado, a fim de pesar na próxima reforma, a boa reforma que se esperava do regime republicano. A Província de São Paulo publicou o nosso projeto, redigido por mim. Tinha como fito "melhorar o ensino, estimular o mestre e trabalhar para nobilitação da classe". A classe não nos compreendeu... (O ensino em São Paulo, José Feliciano de Oliveira em a Educação, janeiro a março do 1932).
"Da ata das sessões do governo provisório de São Paulo em 10 de setembro de 1821, consta que o deputado secretário do interior, Cel. Martim Francisco Ribeiro de Andrade, apresentou uma memória sobre a reforma que reputa necessária nos estudos desta província, e o governo aprovando-a encarregou-se de dar com tempo as providências necessárias para a criação de uma Escola Normal nesta província." (Documentos interessantes para a história de São Paulo, vl. 2, pag. 54 citado em o Um Retrospecto do professor João L. Rodrigues, São Paulo 1930).
Na Secretaria do Interior, o Dr. Cesario Mota tinha uma hora de audiência destinada aos professores de um e outro sexo, e essa hora era inviolável. Não se limitava, porém a recebê-los; raro era o dia em que ele não fosse visitar uma escola pública, mesmo fora da Capital, e tais visitas se faziam inesperadamente, sem aviso. O normalista Joaquim Luiz de Brito, professor de uma escola do Largo do Arouche, recebeu uma delas; e o Secretário do Interior tão satisfeito saiu dali, com o adiantamento dos alunos, que logo depois colocara o professor Brito, sem solicitação alguma, em uma das novos escolas-modelos que se fundaram.