Um varão da República: Fernando Lobo. A proclamação do regime em Minas e sua consolidação no Rio de Janeiro

e acertou, porque em Juiz de Fora teve logo uma das primeiras bancas do foro.

Foi ao deixar Leopoldina que contraiu matrimônio com aquela que, por toda a vida, lhe seria companheira boníssima e querida. Filha de fazendeiros da divisa entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, Maria houvera suas origens francesas nos d'Alincourt, e as portuguesas nos Mascarenhas e Barrosos, gente que tinha sido e seria ilustre na carreira das armas de terra e mar do Brasil e na política daqueles dois Estados.

Ao lado de grande carinho pela Campanha, berço do nascimento, teve sempre Fernando Lobo encanto por Juiz de Fora. Ali passaria grande parte de sua vida, para ali voltaria no interregno de um cargo federal para outro, senão quando nas férias do Senado. Esse homem que quase nada escrevia, que não deixou arquivo, que pouco falava, tinha entre os seus raros papéis, traduzidas de seu punho, várias notas de A. de Saint-Hilaire nas suas Voyages dans les provinces de Rio de Janeiro et Minas Gerais, 1817, pequena semente do que seria a formosa cidade de hoje. Uma destas dizia:

"A uma légua e três quartos do Marmelo, acha-se a habitação de Juiz de Fora, nome que sem dúvida procede do cargo que ocupou seu primeiro proprietário. Da venda de Juiz de Fora avista-se uma paisagem encantadora. Esta venda é situada no extremo de um grande pasto cercado de morros por todos os lados.

O Paraibuna corre junto da estrada; sobre um ribeirão que nele deságua, depois de atravessar a"

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