Um varão da República: Fernando Lobo. A proclamação do regime em Minas e sua consolidação no Rio de Janeiro

nacional; basta que aos meus concidadãos declare; sou republicano sem restrições e apresento-me em nome dos genuínos princípios democráticos".

No Estado, era também grande o grupo, dele saindo depois nomes que iriam honrar Minas no seu Governo, no seu Parlamento, na sua Magistratura, como também na administração, no legislativo e no judiciário da União. Comentaria o Correio da Manhã longos anos depois, no dia seguinte ao do falecimento de Fernando Lobo (21 de fevereiro de 1918):

"Em 1888, no período mais intenso da propaganda, colocou-se o Sr. Fernando Lobo ao lado de Silva Jardim, tomando parte, em 1889, no Congresso Republicano realizado naquela cidade mineira, no qual figuraram Prudente de Moraes, Rangel Pestana, Bernardino de Campos, Campos Salles e outras figuras de destaque da propaganda".

Silva Jardim, tinha, com efeito, visitado Minas, Rio de Janeiro, São Paulo e foi ao norte no próprio navio que levava o Conde d'Eu. Em Juiz de Fora, sua conferência (20 de julho de 1888) se interrompeu por apartes calorosos entre liberais e conservadores "que já ameaçavam engalfinhar-se respectivamente os costados com as cadeiras à mão", segundo confessou. Nas suas Memórias e viagens (1891, Lisboa) acrescentou:

"Penetro nas montanhas mineiras, Juiz de Fora, na planície, é uma bela cidade, um pouco parecida com São Paulo. Pretende, com certa razão, os foros"

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