da fazenda, e rico, porque foi tão industrioso que conseguiu uma boa porção de propriedade privada, além de cumprir seus deveres para com o senhor. Na sua mocidade, e ainda não é velho, havia-se ligado a uma negra crioula, nascida, como ele, na fazenda; mas não se casou com ela senão quando obteve bastante dinheiro para comprá-la, de modo que seus filhos, se os tivesse, nascessem livres. Desde esse tempo enriqueceu bastante para comprar a sua própria liberdade, mesmo pelo alto preço que um escravo como ele deve alcançar, mas o seu senhor não lhe quer vender a alforria, por serem os seus serviços valiosos demais para dispensá-los, apesar de sua promessa de ficar trabalhando na fazenda. Infelizmente, esta gente não tem filhos. Portanto, pela morte deles, a propriedade, agora considerável, reverterá ao senhor. Se tivessem filhos, como a mulher é livre, eles poderiam herdar a propriedade materna e não há nada que possa impedir ao pai transferir à esposa tudo o que possui. Gostaria de ter o talento de escrever uma novela a respeito dessa história de escravos; mas os meus escritos, como os meu desenhos, não conseguem ir além da descrição da natureza e permito que melhores artistas possam aproveitar o assunto.
A noite foi muito tempestuosa. Nuvens pesadas haviam coberto a serra dos Órgãos; fortes relâmpagos, chuva violenta e vento ruidoso ameaçaram a fazenda com uma noite de terror. Mas tudo passou, como visão da grande e brilhante beleza de uma tempestade elétrica numa terra montanhosa; quando a lua rompeu através das nuvens, a noite parecia, em contraste com as últimas poucas horas, ainda mais encantadora do que antes.
"Sable clouds
Turned forth their silver lining on the night,
And cast a gleam over the tufted grove."(*)Nota do Tradutor
Foi, então, quando ouvi sons de música, - não exatamente como um eco do poema de Milton com a