As Cortes pareciam resolvidas a levar as coisas ao extremo; a linguagem usada em suas sessões com referência ao Príncipe era altamente inconveniente. Os comandantes, que em mar ou terra lhe houvessem obedecido, a não ser forçados, foram declarados traidores. Ele próprio foi chamado à pátria de novo, dentro de quatro meses, sob pena de se submeter a futura decisão das Cortes. Decretaram que todos os meios do governo deveriam ser empregados para forçar a obediência a estas ordens. Os deputados brasileiros bem que relutaram e protestaram formalmente contra essas decisões, mas foram derrotados, e os espectadores nas galerias, uma vez chegaram a gritar: "Abaixo os brasileiros".
Nos meses de junho e julho Madeira começou a fazer sortidas [?] nas terras em torno da Bahia como se ela estivesse na posse de um inimigo; e, realmente, ele em breve o encontrou - e formidável. A vila de Cachoeira, grande e populosa, e intimamente ligada com os rudes habitantes do sertão, tornou-se em breve a cabeça de multidões de patriotas que ali reunidos resolveram expulsar os portugueses de sua capital.
Começaram a formar tropas regulares, mas, apesar de serem abundantemente abastecidos de carne e outras provisões, faltavam-lhes armas e munições, e mandaram uma representação ao Rio a fim de expor ao Príncipe a situação e pedir-lhe a assistência. Tinham, também, grande falta de sal para conservar as provisões. Quanto a uniformes, o couro cru fazia as vezes de quase tudo. Um farmacêutico de Cachoeira(*)Nota do Tradutor começou em breve a ferver água do mar em caldeiras de açúcar para obter sal e em pouco tempo baixou o preço deste artigo, de modo que a quantidade que se vendia por dez patacas (18 shillings) caiu a sete vinténs (sete pence). O mesmo farmacêutico, reunindo todo o salitre da vizinhança, dedicou-se à fabricação de pólvora, e uma feliz descoberta de umas cem barricas, contrabandeadas para Itaparica por alguns ingleses, foi de uso essencial para eles. Mas faltavam canhões, bem como chumbo para as