Imperador.(*)Nota do Tradutor
Ele recebeu-me muito amavelmente e mandou-me falar com Sua Majestade a Imperatriz que tomou minha carta e prometeu-me responder dentro de dois dias, acrescentando as expressões mais corteses de delicadeza pessoal. E esta foi certamente a primeira carta que escrevi sobre o assunto, ainda que meus amigos ingleses me digam que eu tinha ontem um memorial em minhas mãos, e que eu fôra ao paço só para entregá-lo, porque eles o haviam visto em minha mão. Ora, eu só tinha de fato um lenço branco e um lenço preto na mão e pensava tão pouco em falar de meus próprios interesses a Suas Majestades Imperiais quanto em fazer uma viagem à lua. Mas sempre as pessoas hão de saber melhor dos negócios dos outros.
16 [de outubro] — Tenho continuado a ir regularmente à biblioteca e tenho-me tornado conhecida do chefe dos bibliotecários, que é também o confessor do Imperador.(**)Nota do Tradutor É um homem polido e bem informado. Mostrou-me a biblioteca do conde da Barca, que, como já sabia, fôra comprada por 15:530$900 e incorporada à coleção pública. Hoje, voltando de meus estudos, recebi uma carta da Imperatriz, escrita em inglês, cheia de expressões amáveis, aceitando da maneira mais benévola, em nome do Imperador e no seu próprio, os meus serviços como governante de sua filha, e dando-me licença para ir à Inglaterra antes de assumir o cargo, visto como a princesa é ainda muito criança.
Fui a São Cristóvão para apresentar agradecimentos.
19 [de outubro] Vi a Imperatriz, que se apraz em me permitir viajar para a Inglaterra no paquete de depois de amanhã. Confesso que lamento partir antes da chegada de Lorde Cochrane. Havia determinado comigo mesma que havia de ver meu melhor amigo nesta terra após as suas façanhas e triunfo. Mas já agora pus mãos à obra e não posso voltar atrás.