humana que eu estava segura de que ele e qualquer homem de bem devia desejar evitar".
"Disse-lhe [rezam mais as notas manuscritas em questão] que não obstante a sentença antecipadamente pronunciada contra ele e seus partidários e as proclamações espalhadas pelo exército, eu contava inteiramente como certo que, se ele confiasse no almirante e se lhe entregasse imediatamente, poderia ter por garantidas a salvação e fuga de todos." É mais que provável que Mrs. Graham não fizesse aí mais do que repetir as palavras do Marquês do Maranhão, pouco afeiçoado por temperamento e edução e pouco inclinado, na sua qualidade de estrangeiro, a represálias políticas de tal natureza. Se o conselho houvesse sido seguido o primeiro reinado teria poupado aos seus anais uma página cruel de repressão que nunca ofereceu o segundo reinado.
Nas folhas em branco que encheu no Recife, faz Mrs. Graham menção do "Espírito republicano que sempre distinguiu Pernambuco e que estava diariamente adquirindo forças; do sentimento federalista", queixando-se a província de ter-se esforçado e sofrido muito pela causa da Independência, haver sido a primeira a tornar a Bahia capaz de resistir e expulsar os "pés de chumbo", e, entretanto, de serem todos os seus rendimentos sugados pela capital, "ficando desprezados seus próprios trabalhos públicos, mantidos inativos na Corte ou bruscamente demitidos os seus funcionários e não cumpridas as promessas de reforma em todos os departamentos".
Lembra Mrs. Graham que Manuel de Carvalho se fizera revoltoso por motivo da dissolução da Constituinte, ocorrida "quando ele aconselhava o Imperador, em proclamações e outros documentos públicos, a excluir do seu conselho e valimento todos os portugueses europeus e modelar uma constituição liberal com a assistência da sua assembleia constituinte. A dissolução, porém, daquela assembleia, de um modo arbitrário, exacerbou os sentimentos do partido a um grau tal que o pôs fora dos eixos e acabou com toda a deferência para com o Imperador. Este e o seu poder entraram a ser desafiados e as províncias