Diário de uma viagem ao Brasil e de uma estada nesse país durante parte dos anos de 1821, 1822 e 1823

observei com o binóculo que a terra pedrenta em torno era mais escura e uma quantidade de pedras jazia confusamente nas vizinhanças. A coluna de fumaça jorrava periodicamente, subia de um modo especial até perto do alto píncaro e aí dispersava-se completamente. Havia em geral três jatos em cada dez minutos. Seguia-se uma interrupção pelo menos por dez minutos. Assim continuou o fenômeno enquanto o observei durante quatro horas. Ao aproximarmo-nos mais da praia, algumas rochas surgiram como se fossem os flancos de vastas cavernas que tivessem queimado. A substância de tais rochas, já que estávamos bastante perto para bem poder observá-las, pareceu-me lava muito dura e tinham o aspecto de muralhas saindo do mar. Só um vale tinha um campo verde, raras árvores e uma casa de campo, ou duas, com um caminho até o mar. Uma grama curta e queimada cobria algumas elevações desta terra pedregosa e, aqui e ali, viam-se algumas manchas de areia branquíssima. Ainda que tivéssemos boa brisa, o termômetro marcava 75º.

6 de agosto - Latitude 9° 9' Norte, Longitude 25° 17' Oeste. Termômetro a 80°. Mergulhamos uma garrafa com uma corda de 40 jardas. A água que veio nela desceu o mercúrio do termômetro a 75°, enquanto um balde d'água colhido à beira do navio fez com que subisse a 82°.

8 [de agosto] — Latitude 6° 36'. Sem descaídas, com calmarias quentes e mais quentes chuvas por 48 horas.



Junto à página 105.

18 de agosto de 1824 — Ao aproximarmo-nos de terra perto de Pernambuco, vimos um navio de guerra que logo revelou ser o "Pedro I". Um guarda-marinha, o jovem Da Costa [João Manuel da Costa] veio a bordo. Enviei uma carta a lorde Cochrane.

Logo depois o capitão Grenfell abordou-nos e fui então com ele para a "Pedro I", e vi o almirante que deixava o navio com o intuito de me buscar. Voltei e jantei. Tive uma conversa agradável e proveitosa com