Em 1688, a moeda de cruzado passou a valer 480 réis, denominando-se cruzado novo, mas continuou em uso com o nome e valor antigos o cruzado de 400 réis, para a moeda de conta.
O quadro contém a relação das principais moedas cunhadas. Os elementos nela insertos, permitirão em combinação com a tabela de câmbio das páginas 170/171, uma apreciação aproximada dos valores monetários referentes ao nosso período colonial.
Observemos ainda que, entre 1383 e 1500, o marco de prata variou de 50 para 2.340 réis, depreciando-se, assim, o valor do real em cerca de 47 vezes. Entre 1435, quando o real começou a ser usado como moeda de conta, e 1500, essa depreciação foi apenas de três vezes. Entre 1500 e o período de 1700 a 1808, a moeda metálica portuguesa se depreciou em cerca de quatro vezes. Entre 1808 e 1937, o real brasileiro se depreciou 35 vezes e o português, cerca de 50. Desde o descobrimento do Brasil, o real já se depreciou, portanto, para nós, em mais de 140 vezes, das quais uma quebra de quatro vezes cabe à era colonial. Isso sem entrarmos em consideração quantos às flutuações do poder aquisitivo dos metais preciosos.
Salientemos ainda que, no Brasil, desde os primeiros tempos, até o século XVIII, o uso da moeda era escasso. Durante o domínio espanhol houve mais abundância de moeda de prata.
Após a restauração, voltou a se acentuar a deficiência e ficaram registradas na história várias crises de moeda. (18)Nota do Autor
Em fins do século XVII, havia uma moeda metálica nacional, outra provincial, uma paulista e, no estado do Maranhão, os fios e novelos de algodão corriam como moeda, tudo numa mesma época.