História econômica do Brasil; 1500-1820

Na França, entre várias categorias de libras, era a turneza a que predominava. Entre 1200 e 1500, ela se depreciou, quanto ao conteúdo metálico, cerca de cinco vezes. Entre 1500 e 1795, novamente cinco vezes. Em 1795, no período da Revolução Francesa, mudou-se para o franco a denominação da moeda, cujo título e demais condições ficaram regulados pela lei de 17 Germinal, ano XI (28/3/1803). Vigoraram essas condições, nominalmente, até 28 de junho de 1928, em que se depreciou, novamente, para 1/5 o conteúdo metálico da moeda francesa.

A libra inglesa, de 1066 a 1527 desvalorizou-se de metade. De 1527 a 1601, desvalorizou-se de 25%.

Na Espanha, o maravedi ou morabitino, de origem árabe, foi a moeda básica de conta até os tempos modernos. A cunhagem do real de prata foi iniciada no reinado de Affonso Xl (1312). De então até os reis católicos (Fernando e Isabel, 1474) o maravedi se desvalorizou 18 vezes. Cunharam-se na Espanha unificada uma grande variedade de moedas — dobra, peso, castelhano, cruzado ou ducado, real de prata, dobrão de oito e dois escudos, piastras etc. De 1474 até 1808 (D. Fernando VII) a desvalorização das moedas, quanto ao conteúdo metálico, foi apenas de 2,4 — a Espanha tendo guardado durante três séculos a posição de maior produtora de metais preciosos do mundo.

Durante o século XVIII, conheciam-se na Espanha, como moeda de conta, quatro espécies de reais:

1. — Real de vellón, com 34 maravedis — era o mais comumente usado no interior da Espanha. Equivalia a 1/20 do peso duro.

2. — Real de prata provincial, valendo o dobro do precedente.

3. — Real de prata antiga, um pouco inferior ao precedente; 10 5/8 valendo um peso duro.