cingimo-nos, em nossos cálculos, aos números mais baixos, por não haver uma perfeita coordenação entre o número de engenhos e as produções indicadas.
Porto Seguro, por exemplo, que é sempre tão preciso em todas as suas informações, dá, para o ano de 1600 cerca de 120 engenhos. Transcrevemos as suas palavras :
\"Tratando da principal produção do Brasil naquela época, a do açúcar, contavam-se em Pernambuco 66 engenhos; na Bahia 36, e nas outras capitanias, juntas, metade deste número. Total dos engenhos 120. Referimos o número dos engenhos, porque cremos este o melhor meio de dar uma ideia do estado de prosperidade e riqueza do país.
Anualmente produziam os ditos engenhos uns 700 mil quintais de açúcar ou 70 mil caixas, número igual ao dos mil cruzados que pagavam o mesmo açúcar de direito de saída, na razão de cruzado por caixa de dez quintais.\" (10)Nota do Autor
Ora, não nos parece possível, em face das demais informações, que esses 120 engenhos produzissem as 2.800.000 arrobas que representam os 700 mil quintais aí referidos. (11)Nota do Autor Parece-nos também exagerado o peso de dez quintais de açúcar para cada caixa, quando Antonil e muitos outros autores indicam 35 arrobas em média. E, de outro lado, pelas informações mais minuciosas que possuímos do Brasil holandês, verifica-se que nas capitanias por eles ocupadas a exportação do açúcar, devido
[link=8104]Tabela: Estudo relativo às quantidades e valores do açúcar exportado do Brasil entre 1535 e 1822[link]