à paralização e à destruição de vários engenhos, tinha baixado de 60 mil para 30 mil caixas, após 1630. Lippmann admite a informação de Handelmann que entre 1636 e 1643 só o Brasil holandês exportou 218.220 caixas, ou seja, uma média de 1.350.000 arrobas por ano. A produção daquelas capitanias devia representar cerca de 50% da produção do açúcar do Brasil de então. Parece-nos, no entanto, exagerada a cifra de quatro milhões de arrobas indicada por Henri Raffard, antigo diretor do Centro Açucareiro e Comercial do Rio de Janeiro, em seu trabalho, publicado em 1882, para a produção total brasileira em meados do século XVI. (12)Nota do Autor
Wätjen, em seus estudos sobre o Brasil holandês, divide o período da ocupação em três fases. Na primeira, 1629-1637, a produção declinou, devido às devastações produzidas pelas guerras; na segunda, de 1638 a 1645, cresceu consideravelmente pela sábia administração de Mauricio de Nassau. Na terceira, até 1651, caiu novamente. Atribui, porém, à exportação geral números bem inferiores aos dos demais que apreciaram a matéria. Lippmann alvitra a suposição de ter esse historiador se limitado aos números relativos a um só dos portos exportadores.
Existem vários outros elementos indicativos: nos últimos tempos do domínio holandês estudava-se em Portugal o preparo de uma esquadra para auxiliar a expulsão dos invasores das terras brasileiras. Ouvido a propósito o Padre Antonio Vieira, que se achava em Lisboa, sugeriu este grande sacerdote um plano de mobilização dos recursos para tal fim. Vejamos o seu conselho: (13)Nota do Autor