desse artigo que chegou a ultrapassar, entre 1890 e 1906, o açúcar de cana. Após a guerra de 1914, este readquiriu novamente a sua preponderância.
Durante o século XIX, a baixa do câmbio brasileiro e fatores ligados à política escravocrata permitiram que o Brasil exportasse novamente quantidades consideráveis até que por circunstâncias que teremos oportunidade de examinar na história da economia contemporânea, fecharam-se praticamente para nós os mercados exteriores.
O que fica dito, é, porém, suficiente para demonstrar o papel decisivo que desempenhou o açúcar na fixação do europeu no Brasil e na formação de nossos primeiros capitais. Foi ele quem gerou os grandes problemas de mão-de-obra, cuja solução imprimiu feição característica ao desbravamento das terras brasileiras, com as variadas consequências que já estão constituindo o objeto dos estudos e da atenção dos nossos sociólogos.
Ocupação holandesa
O quadro econômico do açúcar explica a avidez com que a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais procurou se apossar da parte mais rica do Brasil. As cinco capitanias que ocupou, de 1630 a 1650, Pernambuco, Itamaracá, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte, eram as suas grandes produtoras. (19)Nota do Autor
Apesar da destruição de várias fazendas e engenhos e das dificuldades da mão-de-obra e de lutas constantes
[link=8105]Ilustração: Frota batava no Brasil holandês, Paraíba, 1640.[link]