As publicações que compulsamos não indicam rendimentos para as possessões africanas de Portugal ou nas próprias alfândegas do Brasil, justificando um tráfico muito superior ao que apontamos. Existem algumas grandes importações, em determinados anos; mas tais algarismos não podem ser tomados como médias ponderáveis.
Aspectos do tráfico
Não é nosso propósito nos alongarmos na descrição dos tumbeiros, navios negreiros, em que os tanganhões traziam em seus bojudos porões cerca de 300 a 500 fôlegos vivos, ou menor número de peças da Índia. Tão pouco nos poderemos deter sobre o sistema de resgate adotado na África, em que os régulos vendiam aos portugueses seus cativos de guerra ou os próprios membros de sua tribo; assim como sobre as guerras de apresamento que o tráfico estimulava. Não nos cabe ainda, dentro dos limites desta cadeira, o estudo da influência social, que esse comércio produziu no organismo nacional. (13)Nota do Autor
É interessante assinalar que os batavos reputavam de tal monta possuir um viveiro na África, que, quando ocuparam o Brasil holandês conquistaram Angola, um dos grandes abastecedores do elemento servil. E, já Portugal separado da Espanha, foi aqui que se organizou uma expedição para libertar essa posição africana do domínio holandês. Dela fizeram parte numerosos elementos da terra. Partindo do Rio de Janeiro com 900 homens, sob o comando de Salvador Correa de Sá, conseguiu este na África, em 1648, uma