separada para os meninos e meninas, e uma cama para cada um".
As crianças livres, as que recebiam salários, não tinham vida melhor. Assim se expressa Bertrand Russel a respeito:
"Quando as crianças já ganhavam um salário, sua vida diferia pouco da dos aprendizes. Entravam às cinco ou seis da manhã, e saíam às sete ou oito, inclusive nos sábados. Todo este tempo estavam encerradas em uma temperatura desagradável. O único descanso que obtinham era durante as refeições."
Era fisicamente impossível resistir a este sistema de trabalho se não fosse a pressão pelo terror. Os castigos pelo fato de chegar tarde eram terríveis. Os pais chicoteavam os filhos para livrá-los de penas maiores aplicadas pelos inspetores das fábricas. (20)Nota do Autor
Fora do continente americano, não eram também liberais, até fins do século XIX, as condições em que se explorava o esforço humano, mesmo nos países adiantados...
O trabalho no continente setentrional
Na parte temperada e fria da Norte-América, o colono europeu, encontrando um meio superior àquele em que vivia e capaz de produzir todos os artigos familiares às suas atividades, dispensou o braço escravo.
Mais ao sul, onde foram cultivados produtos tropicais, principalmente depois da invenção da máquina de descaroçar algodão por Eli Whitney, permitindo utilização industrial da malvácea de fibra curta, a introdução do africano tornou-se indispensável ao colono americano. Foi ali tão intensa à procura do elemento