História econômica do Brasil; 1500-1820

Em 1711, segundo Antonil, uma rês ordinária valia, na Bahia, de 4$000 a 5$000; e nas jacobinas, centro de feiras de gado, valia de 2$500 a 5$000, representando isto 200$000 de hoje, para a rês ordinária, 350$000 para os bois.

"Porém nos currais do rio de São Francisco, os que têm maior conveniência de venderem o gado para as minas, o vendem na porteira do curral pelo mesmo preço que se vende na cidade."

Era pequena a diferença quanto às boiadas de Pernambuco e do Rio de Janeiro.

No entanto, em 1700, na zona de mineração, chegou-se a pagar cem oitavas por um boi, o que representa mais de 50 libras esterlinas, ou sejam cerca de dez contos de réis em poder aquisitivo de hoje.

Em 1768 já valia o boi na Bahia de 3$200 a 4$000, segundo carta do Marquês de Lavradio, o que representa 160$000 em poder aquisitivo atual.

Em 1800, em Goiás, valia o gado 4$800 quando vendido para regiões do sul e 1$500 quando vendido para regiões do norte!

Nessa mesma época, já era muito abundante o gado no Rio Grande do Sul, onde, nas estâncias, o preço da rês girava em torno do mil réis (50$000 de hoje).

Em 1828, Luiz d'Alincourt, no seu recenseamento econômico de Mato Grosso, registrva, para o custo de um boi gordo, de 4$800 a 6$000, e se comprado diretamente na fazenda, de 2$400 a 3$000. Uma vaca, de 2$400 a 3$000, mas, nas fazendas, 1$700. Um boi manso de carro, 7$200.