Raças, pastos e climas
O gado colonial originou-se das raças da Península Ibérica, trazidas pelos portugueses, acrescido dos contingentes do vice-reinado do Peru, via Paraguai, dos da região platina, via missões, colônia do Sacramento e, finalmente, da contribuição holandesa e francesa, durante a permanência destes europeus no Brasil.
Dos cruzamentos livremente realizados, numa verdadeira confusão zootécnica, se fixaram, no entanto, principalmente em função do clima e natureza dos pastos, alguns tipos nacionais.
Apontam os técnicos como característicos o caracu, o franqueiro ou pedreiro, o curraleiro, o bruxo, o mocho e o pantaneiro ou cuiabano.
Todos esses produtos são resultados de uma transação entre os cruzamentos dos primitivos espécimes, com as condições climatéricas e a natureza das forragens. Não houve o trabalho de seleção ou de apuração da raça mais apropriada ao meio, o que concorreu para a sua fácil degeneração. (1)Nota do Autor
Não obstante as correções de altitude e a boa qualidade de muitas pastagens naturais, a geografia econômica nos ensina que as regiões sulinas são as mais propícias ao desenvolvimento do gado bovino de corte, o mais procurado nos grandes centros consumidores.