que se traçara, e já aí estão colhidos ponderáveis frutos da sua atuação, em sondagens sociais, na elucidação de alguns de nossos problemas, no aproveitamento eficiente de vários elementos de sua organização, e na divulgação de utilíssimos conhecimentos que o abnegado corpo de seus professores tem difundido. Considerada com simpatia pelos homens de boa vontade, acentua-se cada vez mais a tendência para se manter a Escola como um núcleo independente, em perfeita harmonia de ação com os demais centros culturais, tendo, por essa forma, uma liberdade de movimentos que se pode tomar, em determinadas circunstâncias, de real vantagem.
Iniciado o terceiro ano letivo, fazia parte do seu programa o curso de História da Economia Nacional. Com a mesma surpresa com que nos vimos compelidos a pronunciar o discurso oficial da sua fundação, vimo-nos na contingência de aceitar o lançamento desta cadeira, nova ainda no meio brasileiro. De início, devemos lisamente confessar que não nos julgamos aptos para tão alto cometimento. Não pôde, a Escola, por vários motivos, obter que outros, mais doutos, professassem a matéria e, assim, malgrado as nossas deficiências, não nos pudemos furtar a esse pesado encargo.
Realizada a primeira parte do curso, não nos abalançaríamos a publicar a série de conferências que fizemos, se não fosse a emulação amiga recebida de Afranio Peixoto e o interesse que em vários pontos do país despertou a matéria estudada.
Não existe, no Brasil, campo de atividade cultural que não tenha recebido o influxo benéfico do espírito profundamente douto e patriótico de Afranio Peixoto. Muito devemos aos seus sábios conselhos.