Capitanias paulistas
Nas capitanias paulistas, o meio era pobre; limitados, os recursos dos colonizadores. Defrontaram-se aí, num quase isolamento, homens rudes, com a mentalidade da civilização ocidental da época, e a pobre e áspera natureza dessa zona sul-americana.
A primeira expedição colonizadora do Brasil, a de Martim Affonso, deu preferência para a fixação de sua gente, à provável costa do ouro e da prata, distribuindo-a entre a ilha de São Vicente e o planalto de Piratininga. (3)Nota do Autor Que era uma de suas preocupações dominantes a pesquisa dos metais preciosos, já o demonstrara, com duas expedições enviadas ao interior: uma do Rio de Janeiro, outra de Cananéia. Esta última, a maior, comandada por Pero Lobo, foi totalmente destruída pelos gentios. Debalde se esperaram, nos campos de Piratininga, à entrada dos sertões, ou na ilha de São Vicente, notícias dos prometidos 400 escravos carregados de metais preciosos, que o orientador da expedição, o grande língua da terra, Francisco Chaves, havia prometido. Seguiu, então, o empreendimento colonizador a sua evolução natural.
Na ilha de São Vicente, fundaram-se engenhos de açúcar, considerados o mais rendoso cometimento da época.
Frei Gaspar da Madre de Deus aponta, antes de 1557, a existência de dez engenhos nas proximidades de São Vicente, Santos e Santo Amaro. Número talvez exagerado, a não ser que a modéstia das capacidades justificasse a disseminação. O mais importante teria sido o engenho do Senhor Governador, mantido por