(17)Nota do Autor, na segunda metade do século XVII. No ensaio da Carta geral das bandeiras, o Dr. Affonso Taunay, o maior historiador dos fastos paulistas, apresenta uma síntese desse esplêndido movimento expansionista. Nele sobressaem os Raposo Tavares, Manoel Preto, Nicolau Barreto, Antonio Pedroso de Alvarenga, Jeronymo Pedroso, Domingos Barbosa Calheiros, Alvaro Rodrigues do Prado, Lourenço Castanho Taques, Fernão Dias Paes, Estevam Bayão Parente, Rodrigues Arzão, os dois Barholomeu Bueno e tantos outros, cujas vidas vêm sendo estudadas com carinho pelos nossos historiadores.
Rendimento das bandeiras
São inteiramente falhos os depoimentos sobre o lucro bruto auferido pelas expedições bandeirantes. Como esperar tais referências, se as peças trazidas eram consideradas nos atos públicos quase sempre como fôrras ou como tendo vindo aos povoados por livre vontade, não podendo, de tal forma, ser avaliadas nem constar dos inventários?
O seu rendimento econômico era fraco, diante do esforço e dos sacrifícios sem par que impunham aos seus componentes. O apresamento, excetuado o período da destruição das missões jesuíticas, era representado, em geral, por algumas centenas de íncolas.
O valor do escravo índio regulava em média um quinto do africano. Um único engenho real, do nordeste brasileiro, rendia, anualmente, em seu pacífico labor, bem mais do que uma destas perigosas expedições.