A descoberta do Brasil coincidiu com o início da etapa da evolução comercial marítima, conhecida por era oceânica.
Com a deficiência dos processos técnicos, da mão-de-obra e de pessoal especializado, não era fácil improvisar a construção e o equipamento de grande número de navios que o tráfico com a costa da África, e o novo comércio com as Índias orientais estavam exigindo.
As florestas portuguesas forneciam, a princípio, o lenho para a construção das naus e caravelas, que, não obstante sua relativa e pequena arqueação, alcançavam um elevado custo para a época, em que os capitais eram escassos e as ferramentas deficientes.
Portugal adotou o sistema de monopólio de Estado para o comércio com as Índias; e as esquadras que para lá partiam eram, na sua grande maioria, de propriedade da Coroa, sendo a elas incorporadas, sob condições especiais, algumas naus particulares.
Comércio com as Índias
Era variada e riquíssima a série de produtos, especiarias e artigos manufaturados, que podiam ser importados da Ásia, continente muitíssimo mais populoso e de civilização muito mais antiga que a Europa, com povos muito afeitos às lides do comércio.
Cabral, que comandou, em 1500, a segunda expedição portuguesa para a Índia, trouxe dali grandes