ao soberano português. A prevalecer tal informação, que nos parece exagerada quanto à quantidade, o valor da exportação nos primeiros anos seria de 13.500 contos de réis, tomando-se por base o ducado ouro de 1503 como equivalendo, aproximadamente, o cruzado e o quintal na base de 60 quilos. A contribuição à Coroa teria sido de 1.100 contos de réis, valor atual.
A exploração do pau-brasil só poderia ser feita por intermédio das feitorias, às quais competia preparar os toros e acumular os stocks em pontos convenientes, para serem transportados. Esse serviço era feito pelos selvagens, que se utilizavam para a derrubada dos troncos, alguns de duas a três braças de circunferência, de machado e outras ferramentas fornecidas pelos portugueses; as achas e os toros eram carregados aos ombros pelos selvagens, às vezes em caminhadas de 15 a 20 léguas. Eram eles também que conduziam para bordo os paus assim acumulados (3).Nota do Autor
Se em comparação com outros comércios mais rendosos, não era interessante para os portugueses a criação de uma corrente comercial dos produtos da terra de Santa Cruz, já não se poderia dizer o mesmo quanto aos mercadores e corsários franceses, que não dispondo de tal faculdade de escolha, poderiam tirar largos proventos de sua exploração nas costas brasileiras, nas quais também se poderiam apoiar para suas investidas de corso contra a navegação portuguesa.
A concorrência dos franceses
A França, muito mais populosa que Portugal, apresentava nessa época, com suas indústrias nascentes, um mercado fértil não só para as madeiras tintoriais,