As forças armadas e o destino histórico nacional

E as nações fracas, as que não cogitam de expansões imperialistas e espoliações ladravazes, de vinganças e ódios, aproveitando a precária situação em que as fortes se enervam e se anemiam, devem unir-se dentro de postulados de elevada política que conduza o mundo a melhores destinos.

União é coesão, é disciplina que se traduz em força, como desunião é dispersão, é indisciplina que se transforma em fraqueza. As grandes potências são poderosas individualmente; no conjunto são fracas porque divididas por antagonismos, ambições, discórdias, invejas. As pequenas nações são fracas individualmente, mas podem ser fortes e poderosas pela união porque em geral entre elas não colidem interesses vultuosos que as dispersem inexoravelmente.

Estas podem pois exercer ponderável influência e um certo controle no mundo, predispondo-o a melhores dias, amenizando as agruras do presente, detendo até certo ponto as grandes potências nos seus desvarios.

E delas, as pequenas e fracas, poderá então partir a palavra de paz e o advento da política "filha da sã razão e da moral."

Ora, de tudo que ficou dito ressalta indiscutível e infelizmente a necessidade das Forças Armadas, talvez ainda por muitos séculos, com ou sem reuniões de desarmamento, contraproducentes enquanto não forem previamente estabelecidas e aceitas por todas as nações as cinco bases principais para o advento da paz acima aludidas.

Esses congressos não passam de inócuas tapeações, na feliz e incisiva expressão popular, tão própria a caracterizar a política internacional da atualidade.

Não se pode pensar seriamente no desarmamento e qualquer acordo extemporâneo nesse sentido terá que ser violado aberta ou clandestinamente enquanto houver : — 1.º Questões de fronteiras a resolver e