As forças armadas e o destino histórico nacional

do Rio de janeiro, como diz João Ribeiro, submetendo as províncias diretamente ao governo da metrópole, restringindo ao mínimo a sua autoridade na colônia, e ainda pelas imposições que lhe faziam continuadamente, culminando pela ordem terminante de regressar a Portugal.

Essas atitude das cortes portuguesas feriam fundo o orgulho do príncipe, excitando à rebeldia o temperamento já por si agressivo de D. Pedro. Além disso foi ele encerrado no círculo de ferro dos brasileiros que tramavam e queriam a todo transe a emancipação política, a qual se realizaria com ele ou sem ele, menos dia mais dia.

D. João VI partira de regresso a Portugal a 26 de abril de 1821 e D. Pedro ficara como regente, tendo logo nomeado o seu ministério do qual fazia parte o Conde de Louzã, na pasta da fazenda, português enfatuado que sistematicamente só nomeava patrícios seus para os cargos que vagavam. Em maio chegou ao Rio a notícia de que havia sido decretada em Lisboa a constituição, cujas disposições, como declarava o próprio decreto, só seriam obrigatórias para o Brasil depois de assinada ela na corte pelos deputados brasileiros. Entendeu por isso D. Pedro que o Brasil estava desobrigado de jurá-la enquanto não fosse satisfeita essa assinatura, o que demandaria algum tempo, isto é, até que chegassem a Portugal aqueles deputados. As tropas do Rio incitadas pelo Conde de Louzã revoltaram-se e concentraram-se a 5 de junho no Largo do Rocio onde obrigaram o Príncipe Regente a jurar a constituição. Em seguida e à revelia de D. Pedro foi preso pelas tropas portuguesas o Conde dos Arcos, ministro do reino, assim obrigado a partir para Portugal a 13 de junho.

Esses dois episódios são característicos da indisciplina reinante naquela época.