As forças armadas e o destino histórico nacional

D. João VI chegou a Lisboa a 3 de julho do mesmo ano de 1821 e os acontecimentos se precipitaram em uma luta entre as cortes dessa cidade e o Príncipe Regente. Sucedem-se de um lado as providências cerceadoras da autoridade deste e de outro lado os atos de rebeldia contra essas providências. São os decretos de 29 de setembro chegados ao Rio em 9 de dezembro, suprimindo os principais tribunais dessa cidade e determinando o regresso de D. Pedro a Portugal afim de viajar e completar a educação. É o 9 de janeiro de 1822 — o dia do Fico. É a tentativa de prisão do príncipe pela Divisão Auxiliadora às ordens do general Jorge Avilez, a qual foi obrigada a capitular e a retirar-se para Portugal a 15 de fevereiro. É a convocação do conselho de procuradores das províncias a 16 desse mês. É o decreto de 21 ainda desse mês, declarando que as leis vindas de Portugal só seriam observadas depois do — cumpra-se — de D. Pedro. É a esquadra do vice-almirante Francisco M. de Souza aportando ao Rio em 5 de março, trazendo a incumbência de levar o príncipe e obrigada a regressar a 24 do mesmo diminuida da fragata "Real Carolina" que se colocou ao lado do regente. É a proibição de 7 de março da remessa de armas e munições para o Brasil e a comunicação em represália feita aos agentes consulares estrangeiros de que esses artigos seriam desembarcados nas alfândegas do Brasil sem as formalidades fiscais em vigor, dispensado o visto das autoridades portuguesas. É a aclamação de D. Pedro como Defensor Perpétuo do Brasil em 13 de maio. É o decreto do regente datado de 3 de junho, convocando uma assembleia constituinte e legialativa de deputados de todas as províncias. É a notícia de que Portugal ia mandar tropas ao Brasil e o manifesto de 1º de agosto no qual se declarava que tropas de quaisquer nações que se destinassem ao Brasil sem aviso prévio seriam tidas como