As forças armadas e o destino histórico nacional

inimigas. É finalmente o 7 de setembro do célebre grito do Ipiranga e com ele a independência e o Império.

As mudanças de regime político sejam quais forem suas modalidades acarretam sempre um desequilíbrio orgânico nos países em que se operam, pela divergência das ideias, princípios e doutrinas dos homens sob cujas diretrizes elas se realizam bem como das facções e partidos em evidência nessas comoções político-sociais. Nação alguma deixou de sentir mais ou menos profundamente os efeitos desses movimentos inerentes à renovação imperiosa e periódica do evolver da civilização, a cada ciclo histórico porque atravessa no seu desenvolvimento progressista. Daí as crises mais ou menos agudas e profundas com o seu cortejo de dissensões, ambições, invejas, malquerenças e ódios a dividir os homens e até que se firmem as instituições que deverão permanecer durante o novo ciclo a percorrer.

E se assim é no âmbito exclusivo de um povo que se renova pelas grandes revoluções a que não pode furtar-se devido às próprias leis da evolução e crescimento das coletividade já soberanas, com razões mais fortes e poderosas pela maior complicação do fenômeno, se processam as revoluções que visam a independência e soberania de povos coloniais cujos crescimento e madureza as fecundam e determinam no tempo apropriado.

Neste caso a complicação do fenômeno se opera não só pela interferência de mais de um povo, como pela escolha do regime a adotar, que deve estar de acordo com o ciclo histórico em que se realiza ele, sob pena de falhar aos seus fins, preparando desde logo outras revoluções talvez mais agudas e que teriam sido evitadas se os homens de Estado estivessem ao par do