e diminuída pelos combates numerosos e pelos naufrágios repetidos. Amilcar Barca, grande general, permanecia na Sicília pondo em cheque os exércitos romanos, não lhes dando trégua durante seis anos, desenvolvendo febril atividade servida por um notável talento militar.
Roma resolve então abandonar a África, ao mesmo tempo que Cartago decide equipar uma esquadra, bem provida de mantimentos, armas e munições, porém mal guarnecida, para socorrer Lilibéa e Drepano, ocupadas pelos cartagineses e bloqueadas pelos romanos. Estes, sabedores dos desígnios de sua irreconciliável inimiga, prepara por sua vez uma poderosa frota para se lhe opor. As duas esquadras encontraram-se nas águas das ilhas Egatas e a romana sob as ordens do cônsul Lutacio Catullo obtém estrondosa vitória e com esta não só o domínio do Mediterrâneo como a conquista da Sicília. O próprio Amilcar a quem as armas romanas não puderam vencer decisivamente aconselhou Cartago a pedir a paz, concedida mediante duríssimas exigências.
Dessa sucinta narrativa ressalta nitidamente haver a vitória pendido sempre para o lado do mais forte no mar, terminando a guerra favoravelmente aos romanos quando estes obtiveram o domínio indiscutível do Mediterrâneo.
Bateram-se romanos e cartagineses durante os vinte e três anos da primeira guerra com uma tenacidade digna do ódio que se votavam reciprocamente.
Seguiu-se durante vinte e três anos a paz entre eles selada por tratados de aliança e de limites, sem que o velho ódio de parte a parte se houvesse atenuado.
No tratado que pôs fim à primeira guerra ficou estipulado que Cartago não atacaria os aliados de Roma, abandonaria a esta a Sicília, reconheceria a independência de Siracusa e pagaria à vencedora uma