entre os quais havia vultos notáveis e de reconhecidos méritos, muito concorreu para que oficiais descrentes da monarquia, se desinteressassem desta e abraçassem o ideal republicano.
A propaganda republicana assim iniciada foi crescendo de ano para ano morosamente, no seio do povo e do Exército, com a indiferença da Armada, não obstante a simpatia que esta emprestava ao Imperador. A displicência deste e dos gabinetes governamentais favoreciam o surto das novas ideias, cujo advento seria fatalmente procrastinado para a sucessão de D. Pedro II, se acontecimentos que envolveram a economia da nação e o Exército não tivessem acelerado o movimento em prol do regime republicano. A abolição da escravidão que empobreceu em poucas horas os ricos fazendeiros, levou estes para o partido republicano; a Questão Militar surgida no ministério de 20 de agosto de 1887, presidido pelo Barão de Cotegipe, o qual negou aos oficiais do Exército permissão para se manifestarem pela imprensa sem licença do Ministro da Guerra, aumentou a antipatia daqueles pelo regime; a fuga em massa em 1888 de escravos das respectivas fazendas e cuja captura era embaraçada pelo povo e a cuja perseguição se negaram os oficiais do Exército, tornaram ainda mais precária a situação do regime já combalido e desacreditado.
O ministério do eminente Visconde de Ouro Preto (7 de junho de 1889) de franca reação à expansão das ideias republicanas nada mais poderia praticar em defesa do regime monárquico, já sem apoio no povo e nas classes armadas.
Proclamada a República a 15 de novembro de 1889 pelo Exército sob o comando do Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, inspirado este pelo Tenente-coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães, foi ela aceita sem relutância e sem qualquer protesto coletivo.