As forças armadas e o destino histórico nacional

Diante desses fatos é lógico concluir que a disciplina se ausentara há muito dos governos, do povo e das classes militares e que isso acarretaria bem cedo à nação graves acontecimentos que a levariam às portas do desmembramento se nova era de reformas urgentes não surgisse no cenário nacional.

Isto não se deu e os antecedentes determinaram consequentes que se foram agravando no tempo e culminaram com a Grande Revolução de 1930.

O Governo Provisório, desde o início, não esteve à altura da situação. O Marechal Deodoro foi logo após o advento da República aclamado Generalíssimo, o Contra-Almirante Eduardo Wandenkolk aclamado Almirante e o Tenente-Coronel Benjamin Constant aclamado General, este último à própria revelia. Surgiram as promoções por serviços relevantes dos oficiais que influiram na proclamação do regime republicano e de alguns protegidos. Os desgostos eram inevitáveis, principalmente de parte dos prejudicados com tais acessos hierárquicos, os quais aumentaram a indisciplina reinante, a qual devera ter sido antes de tudo jugulada para que a reorganização da nação se pudesse processar em ambiente de ordem e harmonia geral.

Assim, o republicanismo dos militares de então foi logo pago com prejuízo de oficiais dignos, competentes e cheios de serviços ao país, aumentando o número de descontentes que vinham do regimens abolido.

Eleito primeiro presidente da República, Deodoro pouco depois deu um triste exemplo de indisciplina governamental, arbitrariamente dissolvendo o Congresso Nacional, dando causa a que se revoltassem algumas guarnições do Rio Grande do Sul e a Esquadra, esta sob o comando do Contra-Almirante Custodio José de Mello. Deodoro dispunha de algum prestígio e podia certamente organizar a defesa do seu governo. Preferiu