da Fazenda, o íntegro Dr. Joaquim Murtinho, a melhorar essa situação e a pôr em ordem as finanças públicas.
Houve necessidade de criar novos impostos e restringir ao mínimo as despesas do erário, incidindo aqueles nos artigos de consumo. Essas providências acarretaram a impopularidade ao eminente presidente, que se viu rudemente atacado pela imprensa amarela que lhe não dava trégua, indispondo o povo que o hostilizou e vaiou ao deixar o governo.
Como vemos, a indisciplina na República aumentava o seu raio de ação, embora não generalizada, ora latente, ora em efervescência, ora em surtos de desordens, mantendo os espíritos inseguros, em geral sempre desconfiados dos governos, não acreditando quisessem estes o bem estar do povo e o bom nome do Brasil. Assumiu a presidência da República depois de Campos Salles, o grande patriota Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves (1902/1906), sob cujo governo se dirimiram questões importantes de fronteiras, se remodelou e saneou a Capital da República, prestando inestimáveis serviços ao país, tendo sabido como nenhum outro escolher os seus ministros e auxiliares, em geral homens dignos e respeitáveis pelo caráter, pelo saber e pela dedicação aos interesses da nação, sobressaindo entre eles Rio Branco, Osvaldo Cruz, Lauro Müller, Pereira Passos.
Não obstante a benemerência dos atos do governo Rodrigues Alves, contra o qual nada havia a articular senão interesses sórdidos da imprensa amarela, irrompeu a 14 de novembro de 1904, na escola Militar, um levante chefiado pelo General Sylvestre Travassos e Tenete-Coronel Lauro Sodré com o objetivo de apeá-lo do poder, tendo sido tal movimento dominado em algumas horas. Um ano depois deu-se um levante na Fortaleza de Santa Cruz, à barra do Rio de janeiro, também dominado prontamente.