As forças armadas e o destino histórico nacional

O quatriênio seguinte (1914/1918) foi o do Senhor Wencesláo Braz Pereira Gomes, coincidindo com o da Grande Guerra, presos todos os espíritos aos acontecimentos europeus.

Torpedeados pelos alemães cinco navios mercantes brasileiros, o Brasil em outubro de 1917 entrou na guerra ao lado dos aliados, tendo enviado a Europa uma divisão da Esquadra composta de seis navios, uma missão médica e alguns oficiais do Exército que obtiveram permissão para servir no Exército francês.

Para o quatriênio de 1918/1922 fora eleito presidente da República novamente o grande presidente de 1902/1906, Dr Rodrigues Alves, que não pôde tornar posse em virtude da moléstia que o vitimou logo depois. Assumiu o governo o vice-presidente Dr. Delfim Moreira da Costa Ribeiro, a quem coube presidir nova eleição do qual saiu triunfante o Dr. Epitacio Pessoa, que se achava na Europa como presidente da delegação brasileira ao congresso da paz reunido em Versalhes.

Enérgico e destemeroso, cultura invulgar, talentoso, caráter respeitável, eminente jurisconsulto, o Dr. Epitacio Pessoa fez uns governo brilhante e benéfico ao país e ter-se-ia processado sem comoções intestinas se outro que não o Dr. Arthur Bernardes fosse o candidato à sua sucessão.

Sem dúvida alguma este ilustre brasileiro podia aspirar à cátedra suprema da República não só pelos seus dotes mentais e morais, como pelos serviços que já prestara ao país como deputado e presidente de Minas. Entretanto o seu feitio arredio de popularidade, a sua vida austera e retraída, administrador emérito do Estado porém sem a espetaculosidade generalizada nos políticos brasileiros, tudo isso concorreu para que não estivesse bem conhecido no país e daí o veto oposto à sua candidatura. A oposição foi deveras formidável em todas as classes sociais, tendo