para sempre a simpatia e a amizade de muitos cidadãos que lhe teriam sido proveitosos. Os que o cercaram e serviram foram na maioria ambiciosos vulgares que propositalmente procuravam isolá-lo, afastando os homens dignos que lhes pudessem fazer sombra e arrancar-lhes o quinhão pelo qual se batiam interesseiramente no governo.
Considerável maioria de oficiais do Exército acreditou na autenticidade das cartas atribuidas ao Senhor Bernardes e desde então essa maioria se lhe tornou infensa. Os chefes militares em evidência no quatriênio pouco ou nada empreenderam para remover essa malquerença. Se na ocasião oportuna tivessem vindo a público a demonstrar em declarações incisivas a inanidade da acusação maldosa que se levantara ao candidato com o objetivo de indispô-lo com o eleitorado, teriam certamente prestado inestimável serviço à nação. Eram eles porém, em geral, medíocres e apenas gozadores das posições que não mereciam ocupar porque incapazes de elevá-las e bem servi-las. O Senhor Bernardes não os conhecia, como também não conhecia outros, e isso não lhe permitiu uma seleção de valores que teria sido de grande utilidade e de imenso proveito para o seu governo.
Essa falta de conhecimento foi a mais forte das razões que de início nos levaram a ter como falsas as referidas cartas, porque elas só poderiam ter sido escritas ou ditadas por um militar ou por unm civil que tivesse privado e muito no meio militar.
O Senhor Bernardes tomou posse da presidência em pleno estado de sítio, cercado de desconfiança quase geral, no meio da apreensão de todos, assediado pelo ódio de adversários irredutíveis que tudo empenhariam para o fracasso do seu governo. Como dissemos, agiam estes pelo rancor que lhe votaram e não pelo patriotismo que os devia inspirar em melhor direção.