Por sua vez, o Presidente não era homem que fosse capaz de imolar o seu amor próprio e o seu orgulho às graças dos seus adversários impenitentes. Um manifesto oportuno, antes da posse, curto e incisivo, de homem forte, animado de força de vontade para desarmar os espíritos a bem dos interesses sagrados da coletividade, despido de ódios e de vinganças, sedento de ordem e de justiça, acima de todas as considerações dedicado ao bem público e à prosperidade das classes sociais, em particular das classes armadas sem a simpatia das quais não é possível bem governar, teria a virtude, dado o feitio romântico do brasileiro, de manter o povo e talvez seus inimigos militares em espectativa de esperanças de um bom governo.
E o Senhor Bernardes era e é um homem capaz de bem governar e de praticar uma ótima administração, mas não foi suscetível de contemporizar com os seus desafetos. Tratado por estes como inimigo, como tal respondeu aos ataques injustos que lhe moveram; sem que tivesse meditado que eles eram brasileiros e servidores da Pátria e que por isso deviam ser chamados à razão insistentemente e sem vinganças, guardados certamente o respeito e o decoro devidos à autoridade ele que se achava investido.
Ao contrário disso, de parte a parte, tudo se fez para que os ódios se acirrassem, para que o mal estar se perpetuasse. As consequências dessa situação eram fáceis de prever e não podiam deixar de preparar os ânimos para as revoltas que surgiram e que, se foram juguladas, não permitiram entretanto que eles se acalmassem e assim facilitassem uma administração progressista como seria lícito esperar, certo como é que o trabalho só se processa proficuamente em um regime de ordem.
Um dos grandes males da primeira república foi a frequente dualidade ele governos e de assembleias