Não arrefecera o ódio ao Senhor Bernardes por parte dos seus rancorosos inimigos, civis e militares, aos quais preocupava insistente a ideia da sua deposição. Prepararam eles um movimento armado em que tomariam parte unidades do Exército aquarteladas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, articuladas com outras do Rio. Deveria ser preso no Paraná o Ministro da Guerra em seu regresso do Sul. Conhecedor da conspiração, o governo tomou providências urgentes e adequadas, conseguindo evitar a deflagração, marcada para janeiro de 1924.
Não esmoreceram os conspiradores. Proseguiram no deliberado propósito de desencadear a revolta logo que fosse possível aliciar os elementos suficientes ao êxito. O governo tinha ciência de que irromperia ela em São Paulo, tendo o Chefe de Polícia do Distrito Federal avisado o comandante da 2ª Região Militar, General Abilio Noronha. Este, confiando em demasia nos seus méritos de chefe estimado pela oficialidade do Exército não acreditou no movimento, julgando-se a cavaleiro de um golpe de mão, deixando por isso de tomar as providências que se lhe impunham a fim de não ficar como ficou na situação do "capitão que não cuidou".
O plano fora meticulosamente preparado em todas as suas minúcias. Entretanto os acontecimentos se precipitaram, não dando tempo a que todos os elementos em conjura se reunissem em São Paulo ou que se revoltassem in locco. Isso permitiu ao governo, já de sobreaviso, tomar medidas urgentes, insulando o movimento na capital do Estado, não dando margem a que os seus chefes pudessem articular todas as forças que haviam assumido compromissos e que eram numerosas. Não puderam assim os revoltosos de 5 de julho de 1924 dominar o Estado de São Paulo e marchar sobre