As forças armadas e o destino histórico nacional

Rio de janeiro onde esperavam sem dúvida alguma auxílio valioso de unidades ali aquarteladas.

Não tendo sido batidos, os revoltosos viram-se obrigados entretanto a retirar-se para o interior, onde permaneceram em constantes correrias sem outros objetivos que não os de cansarem as tropas governistas enviadas em sua perseguição e de manter em sobressalto o governo federal. E assim se conservaram até quase se extinguir o prazo do governo Bernardes, acarretando a intranquilidade da nação, cujos forças vivas não puderam nesse quatriênio ser compostas no sentido da melhor resultante.

À rebelião em São Paulo juntaram-se outras em Mato Grosso, Sergipe, Pará e Amazonas, todas elas juguladas, porque as forças armadas, embora possuindo em seu seio fortes elementos indisciplinados e irrequietos se mantiveram sempre em grande maioria obedientes ao poder civil e fiéis aos seus imperativos de mantenedoras da ordem e do respeito às leis.

No mesmo ano dessa rebelião, 1924, novos levantes e novas manifestações de indisciplina e de desordem se pronunciaram no Rio Grande do Sul, no Rio de janeiro e outros pontos do país. Em outubro e novembro revoltaram-se algumas unidades do Exército no extremo Sul, que foi invadido por uma coluna ao mando de Honorio de Lemos, do Partido Libertador, então em oposição ao Senhor Bernardes, seu aliado de 1923. A 4 de novembro foi o couraçado "São Paulo" que se revoltou sob o comando de um oficial subalterno, para, perseguido pelo próprio Ministro da Marinha, sair barra a fora e ir entregar-se a um país estrangeiro e amigo.

Rebeldes de São Paulo se haviam estabelecido no Paraná, procurando novas adesões que lhes permitissem prosseguir a luta, mas foram obrigados, pelas forças legais que os derrotaram na foz do Iguaçú, a internar-se na República Argentina.