que estava vivendo e cavou a sua própria ruína política e a do Senhor Julio Prestes. Este, ainda moço, estava em pleno viço da sua carreira política, pois ascendera rapidamente a deputado federal, a leader da maioria, a presidente de São Paulo, investidura esta que certamente lhe completaria as credenciais que ainda não possuía para o posto supremo na República.
Sem a teimosa insistência da candidatura preferida e privilegiada, o Senhor Washington Luiz teria completado um ótimo governo sob os aplausos da nação e o respeito dos seus concidadãos e o Senhor Julio Prestes não sofreria o vexame de se ver inexoravelmente despojado do mandato a que deveria ser guindado e de vir assim sustada a sua invejável trajetória política.
Nesse ponto foi o Senhor Washington Luiz um indisciplinado, julgando talvez que o seu interesse e o do Senhor Julio Prestes coincidissem com os do país, quando, naquele momento histórico tudo aconselhava um honroso entendimento entre as forças políticas para uma candidatura de reconciliação. Ter-se-ia evitado a agitação dos meios políticos, um ambiente de sérias apreensões e prevenções, e o último ano do quatriênio não teria sido estéril.
Três graves erros cometeu o Senhor Washington Luiz :
1.°) — Ter sido irredutível contra a anistia aos revoltosos políticos dos dois governos antecedentes, cuja concessão teria tido a virtude de trazer à Pátria numerosos patrícios que se viram obrigados a permanecer no estrangeiro, assimilando doutrinas que longe estão de se adaptarem ao Brasil. Recebido pela maioria dos revolucionários sob os melhores auspícios, o governo do Senhor Washington Luiz, que era considerado um homem forte, honrado e patriota, teria com a anistia não só desarmado os espíritos cheios de prevenções daqueles