culto e enérgico, moço e cheio de vigor, dotado de rara capacidade de trabalho, dedicado em extremo ao cumprimento do dever. A ele deve o Estado, e já então devia, uma soma considerável de providências e atos que o tornaram um dos celeiros do Brasil e um dos maiores produtores de utilidades enriquecedoras do seu patrimônio e dos erários da Nação e do Estado.
Entretanto a candidatura desse homem ilustre por muitos títulos foi vetada pelo Senhor Washington Luiz em favor do Senhor Ataliba Leonel.
A partir do lançamento da candidatura Julio Prestes as agitações e apreensões foram aumentando sempre, sem trégua nem descanço, os ânimos cada dia mais exaltados, cada vez mais extremados os defensores dessa candidatura e da do Senhor Getulio Vargas. O governo até então respeitável do Senhor Washington Luiz foi sendo demolido aos poucos e o prestígio do digno homem foi solapado num crescendo que pressagiava um inteiro descrédito dentro em pouco tempo.
A imprensa governista do país, em particular a de São Paulo, em linguagem por vezes desabrida, não só atacava os políticos oposicionistas, como achincalhava os Estados que não acompanhavam a candidatura oficial, o maior quinhão dos insultos cabendo ao Rio Grande do Sul, que era inexoravelmente ironizado nas crônicas diárias dos jornais e nas revistas hebdomadárias, cujos clichés em sua maioria vinham pejados de grosseiros ataques à dignidade de um Estado cujo crime fora julgar-se tão merecedor como outro qualquer de investir um seu filho na suprema direção do país.
Foi nesse ambiente de invectivas grosseiras e recíprocas que se feriu o simulacro de pleito presidencial, a maior orgia eleitoral da velha república, na qual se excederam gregos e troianos, porfiando cada parte interessada em mostrar-se mais ágil e mais inteligente no preparo e realização da fraude, desde que lhe desse