As forças armadas e o destino histórico nacional

E nesse ambiente político e econômico proclama-se a República dezoito meses depois, no meio do indiferentismo quase geral, aceita com entusiasmo apenas pelos pequenos núcleos de homens cultos que se consagraram à sua propaganda, iniciada em 1870, sem repercussão porém no espírito popular, sem fortes vibrações entre intelectuais e políticos. E assim, em um meio nem hostil nem favorável, prosseguiu essa propaganda até 15 de novembro de 1889.

Com o advento do regime republicano surgiu a influência do Positivismo de Augusto Comte nas questões políticas e sociais do país, devido ao prestígio de alguns homens eminentes que o haviam assimilado e que se bateram pela adoção de muitos dos seus postulados. Não obstante algumas reformas de real valor e de consequências salutares para a nação, como sejam a separação da Igreja e do Estado, a secularização dos cemitérios, a grande naturalização, a par de uma nobre educação internacional dos homens públicos, a qual os levou ao respeito aos tratados, ao pleno reconhecimento das fronteiras terrestres e marítimas dos povos sul-americanos em particular, ao absoluto reconhecimento e garantia da soberania das nações pequenas ou grandes, etc., a influência do positivismo foi entretanto nefasta, principalmente porque inoportuna, sob o ponto de vista das liberdades individuais e do decoro da história pátria, menosprezada pelos positivistas em acontecimentos de grande vulto e de grandes responsabilidades, achincalhados por eles o país e os inexcedíeis estadistas do Império.

Que o digam os motins da vacina obrigatória e bem assim numerosos panfletos do Apostolado Positivista do Brasil e artigos publicados na imprensa periódica daqueles tempos, endeusando os Manoel Rosas, os Dr. Francia, Os Solano Lopes, etc., e censurando