As forças armadas e o destino histórico nacional

os grandes nomes do Império que combateram aqueles tiranos, inimigos declarados e impenitentes do Brasil.

Como Augusto Comte tenha preconizado as pequenas pátrias governadas por ditaduras científicas, os positivistas brasileiros em geral, mais realistas do que o rei, entenderam que quaisquer tiranos, ignorantes ou não, escravizassem ou não os seus povos e sobre eles tripudiassem, inimigos gratuitos que fossem do Brasil, mereciam os seus aplausos e os seus amores, simplesmente porque eram ditadores. Em compensação, ai dos governos brasileiros que procuraram defender os brios pátrios, frequentemente conspurcados por esses tiranos, pela simples razão de não poderem vencer o Brasil e obrigá-lo a render-lhes as homenagens de super-homens a que se julgavam merecedores como semideuses deste mundo.

A isso tudo acrescentemos o desnível em baixo relevo do parlamento republicano comparado ao altíssimo relevo do Parlamento do Império. Neste tomavam assento os homens mais representativos e eminentes do Brasil nas esferas intelectual, moral, social e política naquele, exceto algumas bancadas que se fizeram notáveis pela presença de vultos de indiscutível valor, a maioria era de criaturas desconhecidas, de poucas letras, talvez por isso respeitáveis, sem títulos, sem serviços ao país, sem capacidade para investidura de tamanha envergadura.

O Parlamento do Império formava um grande conselho de estadistas consagrados ao culto da pátria, defensores capazes e impertérritos da integridade moral do país, dedicados aos interesses da coletividade, os quais, para eles, foram sempre mais respeitáveis do que os interesses individuais.

O Parlamento da República foi sempre um feudo do Poder Executivo, a que servia submisso e subserviente. Assim procedeu indefectível a maioria parlamentar