O que verdadeiramente existe é a desigualdade de epidermes, de traços fisionômicos, de inteligência, de cultura, de saúde, de atividade, de gostos, de predileções, de meio ambiente, de alimentação, de indumentária, de concepções, etc., Dentro da mesma oficina, diversos operários que executam obras idênticas não as fazem perfeitamente iguais: uma tem melhor acabamento do que outra, esta do que aquela outra, e quando porventura iguais no acabamento, as minúcias, os modos de trabalhá-las diferem sensivelmente. A própria máquina não realiza o mesmo trabalho sempre com igual perfeição, porque desde que ela executou a primeira peça começou a gastar-se e as outras peças que se lhe seguem não são rigorosamente iguais e é por isso que em toda empresa bem organizada, na página das despesas da sua contabilidade deve existir o débito de dez por cento para a deterioração do material.

Ora, se as liberdades possíveis já foram adquiridas, se as igualdades admissíveis já foram obtidas, e se delas a fraternidade não resultou nem resultará, perguntamos: que significação tem hoje o lema Liberdade, Igualdade, Fraternidade?

Ele não mais satisfaz as aspirações humanas e é forçoso substitui-lo por outro ou outros que na realidade guie ou guiem essas aspirações, por toda a parte e sempre, fixando diretrizes seguras e eternas que levem o homem e o mundo a gloriosos destinos, a finalidades consentâneas e condignas ao progresso e à civilização de cada época.

Embora reconheça o autor lhe falte autoridade e competência para traçar diretivas às sociedades em geral, ousa ele apresentar sua opinião desassombrada porque o temor da responsabilidade, o medo de errar nunca lhe entibiaram o ânimo, nunca o detiveram quando se lhe ofereceu ocasião de manifestar sua convicções. Se os seus julgamentos forem acertados terá prestado