ativos na atualidade é maior do que no conjunto das outras partes do globo. Na época do continente único e do oceano único aquele número deveria ser ainda maior, extintos muitos posteriormente por submersão em consequência de terremotos. Percebe-se com relativa facilidade, sem grande acuidade de espírito, o espetáculo soberbo que ofereceria esse gigantesco território fumegando por dezenas de crateras a um observador que lhe cortasse os ares em um dirigível moderno. Mais soberbo e grandioso se lhe tornaria o fascinante cenário, se ele pudesse pairar sua aeronave em um ponto do céu onde o conjunto do fenômeno se apresentasse aos seus olhos ávidos de ver, ao seu culto cérebro sequioso de saber. O deslumbramento experimentado obumbrar-lhe-ia a razão ao assistir ao epílogo da inenarrável tragédia, se não fosse dotado de poderosa inteligência e empolgante imaginação para descrever com acerto e verdade a imersão rápida da enorme região cujos cumes ao fim se quedaram emersos formando os arquipélagos atuais.

Explorações modernas, por meio de sondagens submarinas não mais deixam dúvida sobre a existência em tempos remotíssimos desse continente cuja submersão constituiu a maior, mais grandiosa e imponente comoção geológica de todos os tempos. O afundamento célere da enorme massa sólida não podia deixar de acarretar uma formidável pressão no interior do globo em todos os sentidos, com repercussão mais forte na região antípoda da imergida.

Foi certamente na intercorrência da formidanda catástrofe que a crosta terrestre se fendeu em pontos diversos segundo as linhas de menores resistências, modificando em amplas proporções a superfície do globo. O imenso terremoto repercutiu sem dúvida com maior violência na região antípoda da submergida. Daí a desagregação do bloco que formou a América,