e deu origem ao Oceano Atlântico e a ruptura Oeste-Leste que separou as terras que formaram a Europa e a África, divididas pelo Mediterrâneo então constituído pelas águas do oceano que penetraram no grande vale pela abertura do estreito de Gibraltar.

Os mares, os estreitos e os outros oceanos, bem assim a maior parte das ilhas, arquipélagos e penínsulas, devem partir dessa época as respectivas formações, embora tenham passado no transcorrer dos séculos por transformações numerosas em consequência de abalos sísmicos subsequentes, convulsões que ainda não findaram nem findarão enquanto o centro da Terra não estiver inteiramente arrefecido.

Àquela desmedida subversão de terras e águas podemos também filiar a formação das mais importantes cadeias de montanhas do globo, como sejam as de Himalaya, Cáucaso, Alpes, Apeninos, Rochosos, Andes etc.

Nada entretanto podemos afirmar presentemente com inteira segurança, pois quaisquer assertivas sobre a formação da Terra estão sujeitas aos estudos dos arqueólogos, que talvez as possam confirmar ou infirmar um dia. Atualmente somos obrigados a permanecer no terreno das hipóteses.

Já existiria vida no globo terrestre por ocasião dessas violentíssimas comoções geológicas?

Pode-se conjecturar que sim quanto ao reino vegetal, pois é de todo verossímil o aparecimento de exemplares da flora logo após às primeiras solidificações e às primeiras chuvas e inundações. Quanto à vida animal, a não ser que novas explorações das terras submergidas nos revelem indícios veementes de que já existia naquele agitadíssimo período de convulsões geológicas e meteorológicas, devemos presumir que não se manifestara ainda. E se porventura havia uma fauna, esta seria muitíssimo rudimentar, circunscrita a tipos os mais simples e primitivos da escala zoológica.