pois limitar-nos a citar aqui apenas as mais conhecidas e a simples título de exemplos. Assim, em 1851/54, cavando-se no delta do Nilo, encontraram-se objetos trabalhados pela mão do homem e fragmentos de olaria, a uma profundidade de 60 a 70 pés, de tal maneira que, se calcularmos, segundo as explorações de M. Girard, de cinco polegadas a espessura do depósito de aluvião formado em cem anos, a antiguidade destes vestígios humanos atinge 14.400 a 17.300 anos. Julgando, com M. Rogière, somente de duas polegadas e meia a camada formada num século, chegamos então a uma antiguidade de 30 mil anos para um bocado de tijolo vermelho encontrado por Linant-Bey a uma profundidade de 72 pés. Burmeister admite que o solo do baixo Egito se alteia três polegadas e meia por século, e que têm sido depostos, desde a aparição do homem nessa região, 200 pés de aluvião; por consequência ele dá ao homem nesse país 72 mil anos de antiguidade.".
Só nesse trecho do livro de Büchner nos revelam as conclusões de eminentes cientistas quanto são elas discordantes e desconcertantes para quem se aventura a tratar do assunto.
Felizmente não nos embaraçam elas no prosseguimento do nosso objetivo.
Quando começam os tempos históricos, já o Egito é senhor de uma grande civilização. Tem unidade política que conserva por muitos séculos atravéz das suas dinastias de faraós; tem religião, templos e sacerdotes; conhece a agricultura, cultivando principalmente a vinha e o trigo e irrigando os campos; cultiva artes como arquitetura, escultura e pintura; possui armas para sua defesa, etc.
Hoje não existe mais dúvida alguma de que a hipótese que se confirma e se torna realidade sobre a civilização do antigo Egito é a que a dá como proveniente da Ásia