As forças armadas e o destino histórico nacional

propugnadores da paz e não da guerra, semeadores de bençãos e não de maldições.

O último decênio do século XV e os dois primeiros do século XVI ficaram gravados na História como sendo os das maiores descobertas marítimas, as quais prosseguirarn pelos tempos em fora até nossos dias com as expedições aos polos, hoje quase inteiramente desvendados por célebres exploradores audazes. É a descoberta da América e dos territórios que constituíram as nações desse continente, a descoberta do Cabo da Boa Esperança; do caminho para as Índias Orientais, do estreito de Magalhães; é a primeira viagem de circum-navegação do globo e a certeza absoluta da sua esfericidade; são as conquistas de territórios, ilhas e arquipélagos que formaram colônias desses povos do ocidente europeu, os quais se tornaram os maiores colonizadores do mundo.

As incessantes intrigas e lutas que caracterizaram a formação das nações europeias eternizaram-se, gerando entre elas desconfianças, divergências, invejas e ódios, sentimentos que as separam e dividem moralmente, causas maiores dos temores que as mantêm em estado de guerra latente, arruinando-se todas elas no esmero com que procuram exceder umas às outras em armamentismo e toda sorte de meios de destruição, sem que lhes reste qualquer serenidade para nobres decisões que as integrem em melhor orientação, em que possam entender-se sem hostilidades, para dar aos seus povos melhores dias, aos seus cidadãos melhores atividades do que se deixarem matar em obediência a uma política errônea e destruidora de civilizações.

Essas intrigas e lutas incessantes, geradoras das guerras entre os povos da Europa e que os tem enfraquecido muitas vezes e por períodos mais ou menos longos, conforme a capacidade de se refazerem dos escombros a que ficam reduzidos, permitiram às colônias americanas a conquista da sua independência, formando