quase todas elas, apesar da influência do meio europeu, nações com outros objetivos, com outros destinos históricos que não os de se trucidarem mais ou menos periodicamente.
Não há dúvida de que a Civilização se tem aperfeiçoado e crescido no meio europeu, de onde irradia para todos os pontos acessíveis do globo, aos quais leva sem tardança as realizações de cada ano. Entretanto tem ela se processado em um ambiente de profundos antagonismos, de irreprimíveis malquerenças, de extremadas dissenções políticas e sociais, transformando o bem estar das populações em perpétuo mal estar, estas sempre em espectativa de graves acontecimentos, na incerteza do dia de amanhã, em uma atmosfera saturada de eletricidade, ameaçando borrasca.
A Disciplina social vai-se eclipsando aos poucos, exceto nos povos de governo ditatorial, os quais mantêm em circunstâncias precárias, enquanto os ditadores bem servirem e bem cuidarem os interesses da coletividade. A União entre as nações do continente não existe sob o ponto de vista moral e quando por meio de acordos, tratados ou alianças se unem duas ou mais é porque temem outras uniões que as ameaçam. Cooperação entre elas não há senão a determinada por circunstâncias fortuitas, no terreno das trocas das respectivas produções, dentro de um ambiente puramente comercial, sem qualquer visão de se auxiliarem mutuamente. A Fraternidade entre esses povos é perfeitamente desconhecida, divididos como estão por interesses de toda ordem que se chocam e se dilaceram. Dentro de tais premissas a Ordem é fenômeno que só se manterá temporariamente, enquanto existir disciplina governamental, enquanto capazes os governos de fazer cumprir as leis, em um ambiente de justiça e de respeito ao direito. E as desordens já começam a manifestar-se, aqui ou ali, mesmo em nações onde