embora tivessem permanecido ainda por cerca de um vintênio as tradicionais desconfianças que mantinham afastados de melhor convívio as três repúblicas sul-americanas do Atlântico.
É de justiça reconhecer aqui a enorme influência do Positivismo no cenário das relações dos povos hispano-americanos com o Brasil melhorando-as sobremaneira, tudo predispondo para entendimentos libertos de eivas e preconceitos. Doutrina altamente moral pela nobreza das suas concepções de profundo respeito aos melindres alheios, obedecendo a uma filosofia derivada do conhecimento das leis naturais que regem inexoravelmente o mundo, cultuando a justiça e o direito de modo a reconhecer justas reivindicações onde quer elas se encontrem, fora de quaisquer sentimentos de egoísmo, levando o seu altruísmo característico ao ponto de assinalar as causas dignas de respeito embora em prejuízo de seus próprios adeptos e dos povos a que pertençam, o Positivismo, cuja influência na organização republicana foi notória e notável, predispôs os povos hispano-americanos a olharem o Brasil com menos rancor e a estudar-lhe as tendências e desígnios.
A Magna Carta de fevereiro, com as expressivas e peremptórias declarações de não poder o Brasil empenhar-se em guerras de conquista e de não poder entrar em alianças ofensivas, concorreu inegável e poderosamente para que essas tendências e desígnios fossem melhor conhecidos e apreciados, permitindo aos povos em geral e aos da América do Sul em particular um melhor estudo dos homens e coisas do Brasil.
Se a política interna do Brasil é um amontoado de erros e corrupções que levaram o povo descrença da democracia liberal, criando no país essas ideologias extremistas de pura imitação subserviente e subversiva, sem nenhuma originalidade, grotescas por si mesmas, exóticas, e por isso inadaptáveis ao nosso meio onde