As forças armadas e o destino histórico nacional

orgulho, a sua arrogância e a confiança na vitória, predispunham-na tenazmente para envidar todos os recursos e esforços a fim de esmagar os inimigos.

Com essas premissas e transformada a guerra de movimentos e manobras em guerra de posições fortificadas não era difícil prever a qual dos contendores caberia a vitória mais cedo ou mais tarde, uma vez bem ponderados os exemplos e os ensinamentos da História.

A esquadra dos aliados já no início da guerra era cerca de quatros vezes mais poderosa que a dos impérios centrais. Bloqueados estes, os seus recursos se extinguiriam pouco a pouco, não só porque não poderiam produzir o suficiente para o abastecimento dos exércitos e das populações, como porque não poderiam adquiri-los no exterior. Aos aliados, com o domínio indiscutível dos mares, não faltariam os recursos de que necessitassem. A guerra seria no seu desfecho favorável a estes.

E os acontecimentos que se desenvolveram após a primeira batalha do Marne confirmaram todos eles a previsão, como vamos ver, porque tiveram importância secundária relativamente àquele desfecho, isto é, embora tenham alguns deles influído em muito nas operações, nunca chegaram a mudar a face da guerra, fazendo pender a vitória para este ou aquele.

O teatro principal das operações do começo ao fim foi sempre o território franco-belga. Aí teria que ser representado o último ato da grande tragédia.

A participação da Bulgária e da Turquia ao lado dos impérios centrais pouco adiantou a estes, como aos aliados não adiantou muito a entrada da Sérvia, Montenegro, Itália, Romênia, e Portugal. Embora tivessem tomado parte ativíssima nas operações, lutando bravamente com o espírito de sacrifício e sem desfalecimentos