até a Grande Guerra, procuraremos provar que nas próximas cruentíssimas lutas que se preparam menos lentamente e mais formidavelmente (oxalá sejamos desmentidos!),será vencedora entre as mesmas potências a mais forte no mar e no ar.
Se bem que a aeronáutica não tivesse desempenhado papel preponderante, nem mesmo importante, nas operações navais da conflagração 1914/18, não se pode negar ter sido de grande influência nas operações terrestres.
Citemos alguns episódios ilustrativos desta afirmativa, colhidos no importante livro "Les Vainqueurs de L'air" do Conde de La Vaulx.
1º. Por ocasião da ofensiva alemã sobre o Marne após a batalha de Charleroi, foram os aviões de reconhecimento do exército de defesa de Paris que levaram ao General Gallieni informações exatas nos dias 2, 3 e 4 de setembro de 1914, do avanço do exército alermão da extrema direita (Von Klück) para Sueste, dando a sua direita e mesmo a retaguarda àquela grande capital. Essas informações permitiram a Gallieni a sabia e oportuna deliberação de mandar atacar imediatamente o inimigo nessa situação crítica pelo exército de Paris. Conhecem-se os resultados desse ataque pelo qual o exército d Von Klück foi completamente batido na batalha do Ourcq, a qual foi um dos principais fatores senão o principal da derrota alemã na primeira batalha do Marne que salvou a França de ser esmagada.
Não é exagero dizer-se que sem essas preciosíssimas informações para o exército francês talvez tivesse ele sido batido pelo envolvimento do seu flanco esquerdo. A vitória alemã no Marne seria decisiva possivelmente e a tomada de Paris então uma questão de dias.
A resistência belga e as informações da aviação de Paris asseguraram sem nenhuma dúvida a vitória